NAS SAGRADAS ESCRITURAS....

O pensar é livre. Não há limites à mente. Todos são livres e podem deixar passar um milhão de pensamentos e ideias pela cabeça, inclusive imbecilidades. Medir as pessoas também pode ser aceitável, ainda que nem todos se sintam bem ao fazer isto. Mas, convenhamos... Alardear aos quatro cantos do mundo, ascender holofotes e expor uma pessoa ao ridículo, é, no mínimo, uma atitude mesquinha e desprovida de bom senso.

Custa-me acreditar que um indivíduo dotado de “senso crítico e inteligência” vá perder seu tempo, a elaborar frases e “versos”, no mínimo estúpidos e egoístas, só com o intuito de denegrir e ferir a outro indivíduo; e, pior, em praça pública, obrigando a outros, que nada têm haver com isso, a assistir esse teatro patético e deplorável. Não seria mais proveitoso manter as diferenças só no espaço limite entre um e outro?

Este espaço (Texto Livre), eu o adotei como extensão da minha casa e, muito me agrada tratar as pessoas que o frequentam, como meus irmãos, respeitando suas críticas em relação ao que escrevo. Ademais, às vezes, precisamos nos conter, mesmo quando supomos que a razão está do nosso lado, que o alvo de nossa fúria merece ser "castigado".

Compraz-me pensar que o perdão é uma virtude dos sábios, não dos tolos, pois, só os tolos procuram reter, aninhar rancores e ressentimentos no coração, porque lhes falta entendimento. Se os tolos percebessem a brutalidade que imprimem ao próprio coração, quando se dão ao ódio, à vingança, não se deixariam levar por este caminho e, consequentemente, teriam mais tempo para trilhar o caminho da serenidade, que os levaria à casa dos sábios.

Para encerrar, apenas mais duas observações:

Ainda que eu não seja lá muito religioso, gosto de, vez por outra, correr os olhos por sobre os escritos das Sagradas Escrituras. Gosto, em particular, das Cartas escritas pelo Apóstolo Paulo. Há uma passagem, em particular, que sempre me vem à cabeça, quando um mau sentimento (que o digam Camões e Renato Russo) me quer invadir...

“... O amor é benigno; o amor não se vangloria; o amor não se ensoberbece; o amor não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; o amor não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a fraternidade...” (1⁰ Coríntios 13)

Com o perdão da má palavra...


Meu velho pai sempre falava, em seu jeito simples e desprovido de uma retórica afinada: “Se for para “cagar”, faça-o bem longe dos olhos e das narinas de teus irmãos, para não lhes comprometer o chão que pisam nem o ar puro que têm direito a respirar.